terça-feira, março 06, 2012

Que haja a luz! E a comunhão se fez!


http://www.youtube.com/watch?v=lxWSheygzoU&feature=related
Vejo celebração.
Não vejo marxismo, não vejo mistério esgotado, não vejo comunismo, vejo Deus entre irmãos, cidadania e compromisso, não recuso a batina, infeliz é a ausência do espirito que não a acompanhou em seu sinal.
Na minha vã humanidade acolho a proposto da Teologia da Libertação como a mais autêntica, a mais próxima de Jesus, figura que se perdeu entre báculos de ouro ou moral opressora, em formulas mecanizadas, ritos militarizados e não militantes, no espírito da frieza europeia, corações em mármore carrara e não de carne, Te Deuns que deveriam ressoar nas comunidades, mas são sem ecos, estão fechados nas igrejas, e lá fora, sim, a morte corre pelas ruas, cadente na cultura, vida não alcança a esperança porque os olhos dos marginais não veem a comunidade dos irmãos, só sabemos que existem crentes em círculos fechados, que ainda acreditam estarem certos.
Pensar a Quaresma. Viver a Quaresma.

sábado, dezembro 10, 2011

Nessum dorma

Nessun dorma! Nessun dorma!
Tu pure, o, Principessa,
nella tua fredda stanza,
guardi le stelle
che tremano d'amore
e di speranza.

Ma il mio mistero e chiuso in me,
il nome mio nessun saprá!
No, no, sulla tua bocca lo diró
quando la luce splenderá!

Ed il mio bacio sciogliera il silenzio
che ti fa mia!

(Il nome suo nessun saprá!...
e noi dovrem, ahimé, morir!)

Dilegua, o notte!
Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle!
All'alba vinceró!
vinceró, vinceró!

domingo, julho 17, 2011

Resposta de uma professora à mediocre revista Veja


Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.
Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.
Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.
Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.
Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.
Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.
Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem.. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!
Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata.
Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.


Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!

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Eu amo tudo o que foi,
tudo o que já não é
A dor que já não me dói,
a antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
o que deixou alegria
só porque foi e voou
e hoje é já outro dia.


Fernando Pessoa

quinta-feira, maio 05, 2011

Pela alegria do reconhecimento da equiparidade de direito nas uniões homoafetivas

Uníssono, a unanimidade do Supremo Tribunal Federal é a voz da militância plural. Brava gente brasileira, neste dia sincero do Brasil de todas as caras e todas as cores, não hoje às margens do Ipiranga, mas aos marginalizados sociais e ao periférico moral, ouvimos um brado de independência, independência do Brasil gay, lésbico, bissexual, transexual, transgênero e de todos que lutam pela dignidade do humano, independência do Brasil de todas as propostas de vida plena, libertos do nihilismo-legal que a constituição machista e patriarcalista ostentava erroneamente e por vezes interpretada como apologia a fobia homoafetiva, quando não previa legislação às famílias espontâneas e/ou às famílias informais, quando não proibia, porém nem atenuava segurança ao direito homoafetivo, hoje temos o caminho de uma legislação que salvaguarda a identidade, identidade essa que era vergonha e agora vencido o preconceito eregiu-se como legítima parcela social, independência que reconduz ao nível da equidade e equiparidade todos sujeitos antes lesados nesta nação plural.
Celebrem, comemorem, façam festa porque a mãe abriu suas asas sobre os que ainda estavam de fora de sua proteção e seus patrícios, hoje, têm a mesma dimensão e tratamento legal. Sabemos que esta nossa determinada parcela social beneficiada pelo direito, não gozará diretamente do novo aditamento legal, porque obviamente não são todos que se unirão, mas é sobre a comunidade da diversidade em geral que se amplifica o reconhecimento da lei e é essa a maior e primeira importância, diante dos fatos sociais e ainda que de forma tardia, recebam a legalização de suas uniões todos que já viviam no intimos de seus lares uma vida de relação afetiva duradoura,  lares esses onde não passava nem padres, nem juízes, mas passava primeiro o amor sincero, a vontade de solidez e o companheirismo, recebam essa realidade e a recebam com a alegria da conquista, esses que já eram família mesmo sem o amparo da lei, a todos que ja eram factualmente uma vida legítima e diferente, aos que hoje testemunham uma relação afetiva estável e eram alheios a esse bônus de liberdade e expressão legal, hoje, recebam nossas congratulações junto ao reconhecimento de entidade familiar e equiparidade de direitos, e recebam dessa nossa maior corte de justiça, o supremo tribunal brasileiro, juízes de atuação justas e excelências ilibadas, egrégios e humanos, todos envolvidos nessa causa humana, desde o procurador geral da república às entidades militantes e até os que torceram no seu íntimo, escondidos de todos na sua feliz homoafetividade, a todos, ao Brasil de todos, a nossa felicitação do novo amanhecer, da liberdade que abriu as asas sobre quem ainda era desprotegido e recorrerá a mesma proteção e acolhimento de entidade familiar. Parabéns a todas as propostas familiares hoje enriquecida com mais uma proposta geradora de vida plena!
Com gosto de conquista e sentimento de vitória, eu Danilo Domingues saúdo a todos de boa vontade!

quarta-feira, maio 04, 2011

Quando sinceros, somos nossa própria casa!

Saber administrar quem somos, passa pela compreensão de si, dar ordens e comandos para a existência e às próprias características. Permitir-se às portas, ou seja, abrir portas para experiências, permitir se a experiência, porém não deixar a análise, porque, se de repente perceber que o conhecimento que adentrou nossa casa através dessa porta que abrimos e não nos serve, é hora de fecha-lá.
A presença de amores fixam se em nós também pela ausência de quem amamos, sofrer essa ausência não é erro, porém insistir em mantê-la como processo que escraviza a ponto de ocupar-se constantemente dela é erro, a ausência que nos torna escravos passa como imposição que fazemos a nós mesmos, retira nos a dinâmica de existir para as novidades, a ausência deve ser lembrança madura e feliz e não motivo de neuro-escravidão.
A possibilidade de ter alguém que fará parte da nossa vida é uma construção. Dizer qual pessoa será um edificio maior ou menor depende de nós mesmos, somente o eu constrói o outro, só o dono da casa sabe dizer a quem abre a porta de sua morada e ainda mais, adomesticar não cabe somente aos animais que estimamos, mas adomesticamos aqueles que queremos como companhia, ou seja, [a+domus = tornar de casa] damos nossa possibilidade de dividir e somar nossa casa com quem consideramos que vale a pena acolher. Somos o que construimos e elegemos, construções e escolhas. Somos nós que elegemos quem terá saliência na nossas realidades, elegemos o que vale mais, elegemos no que crer, em o que fazer e quem permanece conosco na caminhada, mesmo que seja uma ausência, somos nós que dizemos até quando o outro permanecerá. Se adoçamos ou azedamos nossas histórias, de um limão fazemos limonada, ou se não, é uma resposta condicionada a nossa decisão, de como permitir a permanência do outro e se permitiremos permancer, uma dica, se for pra permanecer que seja para melhorar o que se é, que seja para largos sorrisos de lembranças boas e no caso de permitir a presença efetiva de outro indivíduo não permita-se dormir com problemas, sempre limpe a cama dos espinhos que poderá trazer do dia vivido, deitar-se e dormir bem resolvido na vida é um direito para quem quer viver livre, sem amarras de nenhuma natureza, uma vez que o menor espinho poderá causar uma inflamação e se ele não for retirado, poderá perder tudo que ele afeta como parte de si. Há uma necessidade de iluminar nossa consciência de forma positiva, sofrer o luto e administrá-lo, após o sepultamento, seguir o caminho de volta para a casa e a vida cotidiana dos que vivem ao nosso redor. O caminho sempre se confunde com o caminhante, é o caminhante que faz o caminho, por mais que seja difícil de não ter o ponto físico onde depositava carinho, abraço, o prazer de estar junto e a companhia, ignorar o fato não altera o que ja aconteceu de morte, mas precisa se voltar a cuidar da própria casa, quem vitaliza a nossa casa somos nós mesmos, somos nós que acendemos e apagamos as luzes que a clareiam, somos nós quem a sujamos e mais ainda quem a limpa. Permitir a permanência do outro por sua ausência é um desafio para quem quer sorrir com as novidades de outras presenças, sem esquecer o bom de ter vivido sincero presenças passadas.

terça-feira, abril 19, 2011

Verônica. Um olhar face a face.


Diante da liturgia deste tempo, após uma celebração, me propuz a intimizar um personagem da tradição católica. Eu quiz aqui pensar o mistério da dor que nossa paixão tem causado e a relação dos amigos durante o percurso que nos submetemos por padecimento, por morte, por amor e por glória.
Segue o belíssimo canto da tradição, a mulher que enxugou o rosto ensanguentado do Cristo e no pano plasmou o Verdadeiro Ícone [Vero Ícone / Verônica]

Canticus ad Vero Icone
O vos omnes qui transitis per viam: attendite et videte si est dolor sicut dolor meus.
O vos omnes qui transitis per viam, attendite et videte: Si est dolor similis sicut dolor meus.
Attendite, universi populi, et videte dolorem meum. Si est dolor similis sicut dolor meus.

Toda dor é mistério e a dor maior é a própria dor. O Cristo tendo estado com os seus neste mundo, esteve rodeado de muitas mulheres e homens aos quais ensinou. Quem eram essas pessoas que acompanhavam o chamado filho de Deus? Eram pessoas de passados feios, como diriam nossos pais e mães que nos educaram a partir da estética, dizendo nos enquanto pequenos, "não faça isso que é feio, ou, olha que bonito que você fez", compreender a passagem de Jesus na sua sociedade é compreender um rosto diferente, plasmado a partir da verdade, porém não é sublime a figura ensanguentada, é o flexo da decadência. Jesus tendo chamado alguns para conviver, chama neles e deles também seus passados e vivem sinceros, um modo diferente de olhar face a face a vida de cada um.
Tendo Jesus mostrado um modo de vida sincero, não seria diferente a atitude daqueles seus discípulos e discípulas. No caminho da dor toda ajuda é necessária.
Vero ícone, a expressão latina originou o nome de uma mulher da tradição católica, aquela que enxuga o rosto do sofredor, Verônica é passante na via de outra via, ou seja, é passante pelo caminho de outro que também passa. Verônica é outra apaixonada, é outra sensibilizada pela paixão, não somente a sua, mas a daquele a quem a tantos e a ela também, revelara uma forma de viver por amor.
Interessante perceber a mulher que enxuga o rosto do sofredor, a amizade desprendida do momento e da dor, do pesar e da compaixão. Revelação da inutilidade, o fim era eminente, porém a presença da amizade mostra auxílio, dá força para seguir com a cruz.
Momento de redenção que ocorrem aos poucos, pequenos gestos que ligam nos ao sentido de relacionar-se, amizade fiel, resgate, quando deles desprendem olhares de cuidado. O mais bonito da relação é a complascência, não há muitas palavras, há um ato, e isso diz tudo. O fundamental do ato é assemelhar-se, é ir ao encontro da dor, mesmo que não diminua, mas reparte, sofre se junto.
Similitudes nos fazem análogas nossos amigos, diante do caminho difícil, têm insistido na fraqueza que carregamos como cruz, esses, nossos amigos, sabem acorrer até nosso rosto com sinceridade, mesmo que seja para misturar se, sujar-se no sangue vertente das nossas feridas, plasmam nossas dores e suas forças buscam somente o alívio, a recondução para o caminho, mesmo que esse, seja algum modo de fim, uma etapa, uma recondução para uma finalização.
Tantos ícones de verdade, tantas figuras que surgem em nossas vidas, são essas figuras e ícones que tornam menos agressivo o sofrimento, quando por eles e a partir deles mesmos recebemos um alívio, enxugam nosso rosto ferido pelo tempo e por nossas particularidades. Verônicas em nossas passagens, em nossas paixões. Verônicas sempre nos acompanharão no caminho da dor que o amor causou. Somente quem irmanou se ao nosso sangue vertido, ao nosso sofrimento, vê real e verdadeira a nossa face. Verdadeiros ícones são os rostos mostrado e compreendidos na dor.
Esta é uma homenagem aos meus amigos, Verônicas no meu próprio caminho!